domingo, 27 de maio de 2012

Sobre a felicidade e a ignorância

Me veio a mão um achado interessante...


Encontrei esse texto em um canto qualquer de minhas gavetas, foi uma redação que fiz a um bom tempo atrás, trascrevi (e adaptei) abaixo...


Dentre as passagens filosóficas do filme Matrix, obra dos irmãos Wachowski, a mais interessante sobre meu ponto de vista foi a frase dita por Cypher para o agente Smith enquanto planejava a traição dos seus colegas: "A ignorância é uma Benção".


Quando se faz uma pesquisa, perguntando as pessoas o que elas mais desejam em primeiro lugar, vão aparecer, evidentemente, todo tipo de resposta: "Uma casa", "Um carro", "Um emprego", "Entrar na universidade", etc. Qual seria a semelhança entre todas elas? TODAS podem ser traduzidas pela frase: "Ser feliz".


"Uma casa! Mas em um bairro melhor", "Um carro! 0 Km", "Um emprego! Que me page o dobro", "Entrar na faculdade! Publica é claro". É quase impossível ser totalmente feliz no mundo de hoje, pois a cada conquista, haverá um novo objetivo a ser conquistado e uma dificuldade a ser derrotada, como um circulo vicioso que nunca termina. Mas afinal, existe algum modo de ser totalmente feliz?


Foi realizada uma pesquisa mundial em 2006 pela New Economics Fondation, conceituada ONG inglesa, para saber qual o país tem mais capacidade para proporcionar um bem-estar sustentável aos seus cidadãos. Se você imagina EUA, Alemanha ou o Japão, os países mais ricos e poderosos do mundo; ou a Islândia e Noruega, países com os maiores IDH do mundo, se engana. O vencedor é um país com 210 mil habitantes que vive basicamente da agricultura de subsistência e não tem acesso a água potável de qualidade. Apenas 3% da população possui telefone fixo e a mortalidade infantil é de 54 óbitos a cada 1000 nascimentos, o dobro do índice brasileiro. É um pequeno arquipélago localizado no pacifico sul e se chama Vanuatu.


Por que este país vence de todas as grandes potencias mundiais? É que estas pessoas, desconhecendo o mundo exterior e vivendo "no atraso", se sentem extremamente felizes, pois possuem tudo o que sua realidade pode lhe proporcionar, desconhecendo o que existe no "mundo exterior".


Isso relembra Cypher, personagem citado na introdução deste texto, que chegou a triste conclusão que tinha que trair seus amigos porque não valia a pena viver no mundo real, já que, mesmo a matrix sendo uma ilusão, lá ao menos ele era feliz.

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